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À primeira vista, uma colorida pulseira de plástico nos pulsos de crianças parece inocente.
Mas na realidade elas são um código para as suas experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até ao sexo propriamente dito.
Poderia confundir-se com mais uma daquelas modas que pega, uma vez que é usado por milhares em várias escolas primárias e preparatórias no Reino Unido e custam apenas uns centavos em qualquer banca ao virar da esquina.
Mas as diferentes cores das ditas pulseiras de plástico – preto, azul, vermelho, cor-de-rosa, roxo, laranja, amarelo, verde e dourado – mostra até que ponto os jovens estão dispostos a ir, se proporcionar, desde dar um beijo até fazer sexo.
Andam uns atrás dos outros nos recreios das escolas, na tentativa de rebentar uma das pulseiras. Quem a usava terá de “oferecer” o ato físico a que corresponde à cor. É o “último grito” do comportamento promíscuo que sugere, cada vez mais, que a inocência da infância pertence a um passado distante.
Quase tão chocante como as “festas arco-íris” – encontros com muito álcool e droga à mistura, em que as meninas usam batons de cores diferentes para deixar a “marca” nos rapazes após o sexo oral -, as “pulseiras do sexo”, que custam apenas um euro (um pacote com várias), têm um custo maior que foge ao alcance de muitos pais.
Significado das cores:
»Amarela – é a melhor porque significa dar um abraço no rapaz;
»Laranja – significa uma “dentadinha do amor”;
»Roxa – já dá direito a um beijo com língua;
»Cor-de-rosa – a menina tem de lhe mostrar o peito;
»Vermelha – tem de lhe fazer uma lap dance;
»Azul – fazer sexo oral praticado pela menina;
»Verdes – são as dos chupões no pescoço;
»Preta – significa fazer sexo com o rapaz que arrebentar a pulseira;
» Dourada – fazer todos citados acima;
Símbolo de respeito
Como quase em tudo nestas idades, existe um estigma por detrás das pulseiras: quem não as usar é excluído e quem usar as cores preto e dourado é mais respeitado. “No meu grupo da escola, a líder – que serve de exemplo para todos – só usa pulseiras pretas e douradas. Todos os rapazes da minha turma usam pretas e se uma rapariga também usa, eles gostam todos dela”, conta a criança de 12 anos.
Shannel Johnson, de 32 anos, descobriu através da filha, de oito, o significado das pulseiras e admitiu ao The Sun que nunca suspeitaria do código subjacente. Quando a filha Harleigh lhe disse que se alguma rebentasse, tinha de fazer um “bebe com um rapaz”, Shannel teve uma conversa com a filha, chamando-a à realidade.
Esta mãe, preocupada, começou a pesquisar na Internet e descobriu sites onde se vendiam as pulseiras, grupos no Facebook e fóruns de menores a discutir quem usava que cores. Enquanto alguns pais já confiscaram as pulseiras, muitos continuam na ignorância do significado destes acessórios aparentemente da moda.

PRESTE MUITA ATENÇÃO, ESTAS PULSEIRAS JÁ CHEGARAM AO BRASIL!

Atualizado: 6 de novembro
Recebi muitos comentários dizendo que este post é mentira, mas não é! O problema é que essa moda se espelhou muito rapidamente no Brasil, mais rápido do que a notícia.
Artigo GazetaOnline 10/11/09  Pulseiras do sexo: uma mania adolescente
Nota site Acores:
Foi o jornal Inglês The Sun  que trouxe o assunto para a discussão ao publicar um artigo em que afirmava que nas escolas inglesas os adolescente usam pulseiras coloridas para trocar entre si mensagens de teor sexual.
Essas pulseiras que foram muito usadas nos anos 80, feitas à base de silicone, custam apenas uns cêntimos e existem em variadas cores.
Segundo o jornal inglês, os adolescentes teriam então  inventado vários jogos com as respectivas pulseiras, cujo objectivo é sempre o mesmo: ao rebentar uma pulseira duma determinada cor, o rapaz terá direito a reclamar o comportamento sexual da menina, que pode ir desde um abraço ou beijo até a uma relação sexual.
Note-se que não se trata de nenhum tipo de violência, mas de um jogo que é aceito por ambas as partes. Este aspecto é muito importante e confundiu por completo os adultos, pois que para além do jogo em si, muitas adolescentes usam as ditas pulseiras apenas como objectos decorativos.

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A quinta Lição do 1º trimestre/2010 tratará da fragilidade da natureza humana (vasos de barro) e da graça de Deus em confiar suas riquezas espirituais a pessoas limitadas e imperfeitas.


PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conscientizar-se de que mesmo sendo frágeis, Deus nos usa para transmitir as Boas Novas e nos dá poder para realizarmos sua obra.
Compreender as fragilidades dos vasos de barro.
Saber que no final os vasos de barro serão glorificados pelo Senhor.
2. CONTEÚDO
Texto Bíblico: 2 Co 4.1-12

Observaremos inicialmente, para entendermos um pouco a metáfora, os tipos e utilidades dos vasos nos tempos bíblicos.

Douglas (1988, p. 1646-1647) nos informa que antes da invenção da cerâmica (durante o sexto milênio A.C.) os vasos eram receptáculos feitos de peles, canuços, madeira e pedra. Esses objetos eram feitos de materiais perecíveis, têm raramente sobrevivido até os nossos dias. Pedras de resistência média, pedra calcária, alabastro, basalto, e também obsedianas (feita de lava que esfriou rapidamente) eram cortadas e escavadas para tomar forma como taças, jarras, pratos, etc. Grandes jarros de pedra ou de barro eram empregados para guardar líquidos. O barro poroso de que eram feitos esses vasos absorvia um pouco do líquido, assim, impedindo a evaporação e mantendo o conteúdo fresco.

Conforme Rienecker e Rogers (1995, p. 343) "A cerâmica coríntia era famosa no mundo antigo (Strabo, Geography VIII, 6.23) e Paulo pode ter se referido às pequenas lâmpadas de barro que eram bastante baratas e frágeis, ou, então, a vasos ou urnas de cerâmica."
O CONTEÚDO DOS VASOS DE BARRO

Nos vasos de barro (gr. 
ostrakinois skeuesin) humanos do Senhor, alguns conteúdos preciosos (tesouros) estão presentes, como por exemplo:

- A Palavra de Deus. "Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando 
a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade." (2 Co 4.1-2)

- O Espírito Santo. "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e 
estará em vós." (Jo 14.16-17)

Paulo adverte que os conteúdos podem ser adulterados (2 Co 4.2). O termo grego para "adulterando" é 
dolountes (part. pres. at. de doloô), que significa usar de engano, de falsidade, corromper, enganar, falsificar. (RIENECKER; ROGERS, 1995, p. 342).

Vine (p. 594, 2003) define 
doloô da seguinte maneira: "forma reduzida de dolios (enganoso), significa primariamente 'fazer cair numa armadilha, enlaçar, atrair', por conseguinte, 'corromper', sobretudo entrosando as verdades da Palavra de Deus com as doutrinas ou concepções falsas, e lidando com elas com 'falsidade' (2 Co 4.2).

Dessa forma, como nos tempos de Paulo, não são poucos os que adulteram ou falsificam a Palavra de Deus, objetivando com isso tirar proveito, lucrar, alcançar os seus objetivos pessoais.

Um exemplo desta prática na atualidade são alguns televangelistas que disseminam a Teologia da Properidade, o Evangelho Judaizante, o Teísmo Aberto e outros ensinos que não se sustentam à luz de uma exegese e hermenêutica séria, associando-os às verdades bíblicas. Muitos crentes, além de assistir estes falsificadore, são envenenados por seus ensinos e ainda contribuem para o crescimento de seus "impérios pessoais".
OS VASOS DE BARROS

O barro fala de nossa natureza humana:


"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra [...]" (Gn 2.7)

"Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça." (Is 45.9)

"Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó." (Sl 103.14)

A nota de rodapé da Bíblia de Estudo Almeida (2006, p. 262) sobre 2 Co 4.7 diz que "Era comum guardar o tesouro ou as riquezas em vasos de barro cozido, material comum e frágil."

Sobre o mesmo texto comenta a Bíblia de Estudo Dake (2009, p. 1856): "Gr.
 ostrakinos, aqui em 2 Timóteo 2.20. Muitas vezes, no Oriente, os tesouros são esconddos em vasos de barro para protegê-los da umidade. Confira Jeremias 32.14. Aqui se refere ao poder do Espírito Santo por meio da luz do evangelho em nosso corpo. A ênfase está na diferença entre um vaso frágil de barro e o inestimável tesouro do poder que está nele."

A Bíblia de Estudo Pentecostal diz: " O cristão é um "vaso de barro" que, às vezes, passa por tristezas, lágrimas, aflições, perplexidades, fraquezas e temores (cf. 2 Co 1.4, 8,9; 7.5). Mas o cristão não é derrotado por causa do "tesouro" celestial que nele está. O cristianismo não é a eliminação da fraqueza, nem meramente a manifestação do poder divino através da fraqueza humana (12.9). Isto significa: (1) que em toda aflição podemos ser mais do que vencedores mediante o poder e o amor de Deus (Rm 8.37), e (2) que nossas fraquezas, aflições e sofrimentos, nos tornam totalmente receptivos à graça abundante de Cristo, e permitem que a sua vida seja manifesta em nossos corpos (vv. 8-11; cf. 12.7-10)."

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO


Escreva num quadro ou num cartaz uma relação de características frágeis de nossa humanidade e solicite aos alunos que a complete com outras características ausentes na relação. Você poderá também levar um vaso de barro para a sala de aula com alguns objetos de certo valor dentro dele (aliança, relógio, jóia, objetos raros ou de grande valor afetivo etc. ). Deixe o vaso guardado numa bolsa para apresentá-lo apenas no final da aula. Escolha um vaso muito simples. Antes de terminar a aula, tire o vaso da bolsa, mostre-os aos alunos e tire de dentro do vaso os objetos de valor. Diga-lhes em seguida que assim como aquele vaso flágil e sem muita aparência guarda objetos de valor, assim são eles para o Senhor, vasos frágeis escolhidos como receptáculos de tesouros espirituais (sua palavra, seu espírito, seus dons etc). Diga-lhes ainda, que em breve os vasos de barros serão transformados (glorificados) por ocasião da volta de Jesus (1 Co 15.42-49).
4. RECURSOS DIDÁTICOS

Quadro, cartolina, pincel ou giz, vaso de barro, objetos pessoais.
5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
Bíblia de Estudo Dake, CPAD.
Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD- Chave Linguística do Novo Testamento Grego, Vida Nova.
Dicionário VINE, CPAD.
Novo Testamento Interlinear, SBB.
O Novo Dicionário da Bíblia, Vida Nova.
Boa aula!

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João 14.3: E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejas vós também. 


Observando esse texto sagrado, dito por Jesus, percebemos que há um lugar para aqueles que crêem que Jesus é o Caminho que nos leva a Eternidade, ao Céu de Glória. É maravilhoso ter o conhecimento desta grande benção - moraremos num lugar onde a paz é abundante, seremos de fato, herdeiros de um Reino Eterno, preparado pelo Senhor nosso Deus. Com certeza, a alegria, que já está no coração daqueles que crêem firmemente nesta verdade, tornar-se-à indizível. A morte já estará tragada, doenças , dores físicas, depressões, síndromes, violência, tiroteios já estarão extintos. Na Terra, tribulação para os que se mantiveram rebeldes e incrédulos quanto a Palavra de Deus; no Céu, após o arrebatamento, festa. Creio que coros celestiais entoados por anjos serão ouvidos por aqueles que, quando na terra, ouviram blasfêmias, insultos por serem fiéis a Palavra de Deus; descanso para aqueles que renunciaram suas vidas á causa Eterna do Evangelho, alegria para os que viveram entristecidos em meio á corrupção do pecado, mas que guardaram suas vestes, alvejando-as sempre no sangue de Jesus, retendo e praticando os mandamentos da Palavra de Deus.O lugar está sendo preparado. O Rei está para voltar, e nos levar para as mansões celestiais, onde veremos à Ele face a face. Ele, Jesus, será nosso vizinho, eternamente, o nosso Rei reinará. Amém.

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Fico pasmo ao observar a atitude de certos líderes eclesiásticos que regem congregações em diversas denominações Brasil a fora. O que mais me deixa triste não é a forma como os tais administram, pregam e ensinam, mas sim como estes se comportam frente a casos de problemas ocorridos com os seus liderados, problemas estes que muitas vezes causam dor, tristeza na vida de milhares de irmãos e irmãs, e esta tristeza aumenta quando os mesmos são abandonados. Hoje o amor fraternal não passa do púlpito para a igreja, sim, pois quando se fala de amor fraternal, fala-se também em auto doação, compaixão, empatia para com os outros. Isso é lindo quando alimentado e enunciado na pregação verbal, mas quando estes atributos devem ser postos em prática, eles são esquecidos, deixados como última necessidade. E assim, irmãos e irmãs em Cristo, feridos pelos dilemas e problemas da vida, seguem alienados quando encontram-se fragilizados por estes. Não há real preocupação com o corpo de Cristo por parte daqueles que deveriam conduzi-lo na Terra. Os mordomos de Deus estão falhando no cuidado. Hoje a lei marcial nas igrejas é a seguinte: se o fulano parar de frequentar os cultos, deixar de dizimar, deixe-o de lado...ele que se encontre e nos procure! Engraçado, a mesma igreja em que ouvimos "eram cem ovelhas, junto no aprisco...ao contá-las todas, lhe faltava uma...as noventa e nove, deixou no aprisco, e pelas montanhas, a buscá-la foi...a encontrou gemendo, tremendo de frio, curou suas feridas, pos-la logo em seus ombros, e ao redil voltou..." ao invés de buscar as suas que se desgarram de seu rebanho, deixam estas a mercê dos ataques de satanás, deixam-na desprotegida, sozinha em meio aos lobos e feras deste presente século. É preciso ter mais amor pelos irmãos e irmãs...às vezes, um simples telefonema, um abraço, uma visita resolve tudo. Uma das coisas mais perniciosas na vida cristã é o sentimento de abandono do membro de uma igreja, abandono por parte de seus líderes e demais conservos em Cristo. Já ouvi casos como o de uma irmã que congregava em uma igreja tradicional em uma cidade do Sul Fluminense, juntamente com a sua saudosa mãe. A mãe faleceu, a filha deixou de ir na igreja  e, mesmo depois de um ano de falecimento, e desaparecimento das duas, ninguém, nenhum pastor, nenhum obreiro, irmã, jovem, foi a casa delas, nem mesmo telefonaram, buscaram notícias...e esse povo diz "ainda bem, que eu vou morar no céu"...céu? Que céu, se nem mesmo aqui na Terra tu consegues amar seu irmão, nem mesmo o dá cobertura quando as trevas aproximam-se? Que seu , infeliz, se tu nem mesmo se preocupas com seu irmão em Cristo? Toma vergonha na cara religioso, larga de hipocrisia! Converta-se a Cristo de fato! Aprenda a amar primeiro seu irmão, depois fala de paraíso, céu..é demais!! A hipocrisia na igreja tupiniquim começa da seguinte forma: chegando ao culto, vem a saudação mais falsa do mundo: paz meu irmão! (um sorriso estampado no rosto)...ou: precisando de mim, estou disposto a te ajudar (e quando as adversidades aparecem, o irmão ajudador voluntário desaparece) ... e assim, multidões se decepcionam, jovens se desviam da Palavra e  a igreja é rotulada não como uma agencia missionária, mas sim como um clube, um clã, uma seita, pois não basta ser um pecador arrependido necessitado da graça de Cristo, mas sim é necessário ser religioso acima de tudo, e também uma espécie de Superman, sim, pois muitos pensam que você não é susceptível a dificuldades, provações, tristezas, dor. Muitos líderes falam que conhecem Jesus, mas demonstram sua mentira quando abandonam aqueles que estão sob seus cuidados, deixam-no de lado. Que o Espírito Santo possa trazer ao coração dos líderes das diversas denominações brasileiras o desejo real por aqueles que lidera, afim de provar ao mundo o amor de Cristo, principalmente demonstrando o amor aos conservos do Senhor.

Lembrai-vos das Palavras dEle, o Mestre Jesus Cristo: "Todo o que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora." (João 6.37 ACF)

Graça e Paz seja com todos, da parte do Senhor Jesus Cristo.

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Mateus 24.12 "E por causa da multiplicação da maldade, o amor da maioria das pessoas se esfriará" (Versão King James)

Jesus deixou claro que no fim dos tempos, a iniquidade, o pecado multiplicariam entre a humanidade. O homem não ama mais a Deus sobre todas as coisas, tampouco ao próximo, como a si mesmo, mas sim é ambicioso, preocupado com apenas seus interesses, finanças, paixões, luxúrias, negócios. Infelizmente entre a igreja isso também está acontecendo. Como Paulo proferiu em 2 Timóteo 3.1-9, os homens de fato tornaram-se amantes de si mesmos, tendo como seu deus o ventre, ou melhor, os desejos da corrompida vontade humana em se exaltar, ocupar o lugar de Deus, desobedecer a qualquer domínio, ser insubmisso a vontade do Senhor e a Sua Palavra. Além da série de torpezas que o homem comete devido a sua ambição por poder, existe também a falta de consideração por seus irmãos em Cristo. Examinando as cartas que Paulo endereçou às igrejas e a seus pastores, bem como as cartas que o Senhor Jesus endereçou às sete igrejas, vemos qual é a preocupação que Paulo possuía por seus conservos em Cristo, bem como a preocupação que o Senhor Jesus tem para com sua Noiva, a igreja. Porém, hoje em dia, nossos líderes estão cada vez mais acomodados, despreocupados com as sua ovelhas, com seu rebanho. Na verdade, há uma fuga das responsabilidades. O irmão ou a irmã faltam cultos, desaparecem da igreja, e mesmo sem darem notícias, não há quem os procure. É como se o mesmo tivesse literalmente sido banido da congregação. Os líderes da igreja brasileira deixaram de amar aqueles a quem o Senhor Jesus se entregou na Cruz por amor e misercórdia. Hoje as igrejas foram transformadas em clubes, as ofertas e dízimos em verdadeiras mensalidades, e o povo de Deus, em sócios contribuintes. Não há amor em muitos lugares, mas interesses, ou melhor, o membro vale o que tem no bolso. Nunca vimos tanta hipocrisia na igreja brasileira! É preciso voltar ao primeiro amor, é necessário voltar a amar ao próximo, de estarmos de fato ligados em união, em oração. É preciso ser fraternal, amar como Jesus nos ensina a amar, e isso inclui ajudar ao necessitado, estender a mão ao fraco, aconselhar, cuidar do ferido, ir em busca do desviado, afastado, estar sempre em busca do melhor para nossos irmãos /ãs. Portanto, que possamos não apenas amar de boca, mas em atitudes, ações, pois se isso não fizermos, seremos mentirosos. (1 João 3.15-18)

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Pr Airton Evangelista da Costa




O espiritismo fala em “evangelizar”, em “consciência cristã”, em “espiritismo cristão”. Para sabermos se o espiritismo é ou não cristão, nada melhor do que fazermos o confronto de suas doutrinas com as do cristianismo.
Vejamos o que é ser cristão.

(1) “Cristão [do gr. Christhos, messias] – Aquele que vive de conformidade com os ensinamentos de Cristo. Não basta crer em Cristo para ser cristão; é necessário, antes de tudo, executar os mandamentos deixados por Ele. Os melhores cristãos são os que se parecem com Cristo. Foi em Antioquia que os seguidores de Cristo passaram a ser conhecidos como cristãos - At 11.26” (Dicionário Teológico, Claudionor C. de Andrade). (2) “Cristão [Do lat. Chrstianu] – Do, ou relativo ou pertencente ao cristianismo. Que o professa. Aquele que professa o cristianismo, que é sectário dele” (Dicionário Aurélio). “Cristão– Seguidor de Cristo - At 11.26” (Dicionário da Bible Online).

Em síntese, ser cristão é crer que Jesus é o Filho de Deus, o Verbo que estava no princípio com Deus e que era Deus, e que se fez homem e habitou entre nós (Jo 1.1,2,14; 3.18); é ser obediente aos Seus mandamentos (Jo 14.21); é ensinar o Evangelho que Ele nos ensinou (Mt 28.19-20); é crer que a Bíblia registra com fidelidade o Seu Evangelho (Jo 14.26); é crer que a Bíblia é a única regra de fé e prática (Jo 17.17; Rm 10.17; 2 Tm 3.16-17).
Escolhemos para análise comparativa os seguintes temas: a divindade de Jesus; Sua ressurreição; Suas aparições; Seu corpo; A Bíblia Sagrada, O Espírito Santo, o Juízo Final, a volta de Cristo e o arrebatamento da Igreja.
A Divindade de Jesus
O que ensina o cristianismo:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. O Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1.1,14). “Quem me vê a mim, vê o Pai” (Jo 14.9; cf. Jo 8.19). “Eu e o Pai somos um. Sendo homem, te fazes Deus a ti mesmo” (Jo 10.30-33). “Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (Jo 8.58). “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16; cf Mt 14.33; Lc 1.35; Jo 1.49). O título `O Filho de Deus´, não recusado por Jesus, designa uma relação eterna entre o Filho e o Pai na Deidade. O Verbo, isto é, o Filho, estava com Deus no princípio e era Deus. “Ele é considerado `Filho´, não porque em certo tempo começou a derivar Seu ser do Pai (em tal caso, Ele não poderia ser coeterno com o Pai), mas porque Ele é e sempre foi a expressão do que o Pai é (cf. Jo 14.9). As palavras em Hebreus 1.3: `O qual [Jesus], sendo o resplendor da sua glória [de Deus], e a expressa imagem da sua pessoa [de Deus], são definições do que significa Filho de Deus” (Notes on Galatians, de Hogg e Vine, pp.99,100, citado pelo Dicionário VINE).
O que ensina o espiritismo:
“Esta passagem dos Evangelhos [Jo 1.1,14] é a única que, à primeira vista, parece encerrar implicitamente uma idéia de identificação entre Deus e a pessoa de Jesus. Não exprimem senão uma opinião pessoal [de João]. Jesus pode, pois, estar encarregado de transmitir a palavra de Deus sem ser Deus” (Obras Póstumas, Alan Kardec, 1993, 1a edição, p. 145 e 146).
Apresentamos acima apenas algumas passagens em que a divindade de Jesus está explícita ou implícita. Há outras em que Ele perdoa pecados e garante a salvação (Lc 23.43), aceita a adoração que somente a Deus é devida (Mt 4.10; 8.2; 14.33; Jo 9.35-39), não recusa ser chamado de Deus (Jo 20.27-29), e diz que tem direito à mesma honra que é prestada a Deus (Jo 5.23-24). Qual a prova de que o que o apóstolo João escreveu foi apenas opinião pessoal? Todos os quatro evangelistas deram opiniões pessoais, sem valor? Não. A Bíblia é a palavra de Deus, e foi escrita sob inspiração divina (1 Jo 1.1-3). A sinceridade e a verdade de suas palavras decorrem da condição testemunhas oculares. Não emitiram apenas uma opinião pessoal. Eles acompanharam o Mestre em todo o Seu ministério, do início da pregação do Evangelho até Sua ascensão. Pedro é incisivo: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2 Pe 1.16). Os apóstolos não defenderam teses; falaram de fatos reais por eles presenciados.

A Ressurreição de Jesus
O que ensina o cristianismo:
“Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galiléia” (Mt 26.32; Mc 14.28 = Jesus). “E o entregarão [o Filho do homem] aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem, e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará” (Mt 20.19 = Jesus). “Derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jo 2.19 = Jesus). “Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isso” (Jo 2.22). “Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia” (Mt 16.21). “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide, pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos” (Mt 28.6-7). “Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos” (Rm 14.9). Vejam o que o Apóstolo diz: “E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15.4); “Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos...por Tiago, por todos os apóstolos, por mim” (vv.6,7,8). Em tom de repreensão, prossegue: “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também vã a nossa fé...mas de fato Cristo ressuscitou entre os mortos e foi feito primícias dos que dormem” (vv.12-20). O significado de ressuscitar: “Fazer voltar à vida. Tornar a viver, após ter morrido” (Mini Dicionário Aurélio).

O que ensina o espiritismo:
“A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição.... Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama de reencarnação. A ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos” (O Evangelho Segundo o Espiritismo (E.S.E.), Allan Kardec, cap. IV, item 4).

Os fatos comprovam que Jesus ressurgiu dos mortos, ou seja, ressuscitou corporalmente, voltou a viver. Se os discípulos tinham alguma dúvida sobre o assunto, após a ressurreição de Jesus tudo ficou esclarecido. A partir daí, passaram anunciar, não o Cristo morto, mas o Cristo vivo: “Aos quais também [aos apóstolos], depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias e falando do que respeita ao Reino de Deus” (At 1.3). Esses homens falaram com a inquestionável autoridade de quem viu, ouviu e tocou: “O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos...” (1 Jo 1.1,3).
As Aparições de Jesus
O que ensina o cristianismo:
“E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E Jesus lhes disse: Por que estais perturbados e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo. Apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel. O que Ele tomou, e comeu diante deles” (Lc 24.37-43). “Jesus disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente” (Jo 20.27).
O que ensina o espiritismo:
“As aparições de Jesus depois de sua morte são narradas por todos os evangelistas com detalhes circunstanciados que não permitem duvidar da realidade do fato. Aliás, elas se explicam perfeitamente pelas leis fluídicas e pelas propriedades do perispírito, e nada apresentam de anômalo... Reconhece-se nelas [nas aparições] todos os caracteres de um ser fluídico. Aparece inopinadamente e desaparece da mesma forma; é visto por uns e por outros sob aparência, que não o fazem reconhecido, nem mesmo por seus discípulos. Sua linguagem não tem a vivacidade de um ser corporal; tem o tom breve e sentencioso... Jesus mostrou-se, pois, com seu corpo perispiritual, o que explica não ter sido visto por aqueles a quem desejava mostrar-se; se estivesse em seu corpo carnal, teria sido visto por todos, como quando era vivo” (A Gênese, Allan Kardec, 14a edição, 1985, cap XV-61, p. 300/301).
“Depois de sua ressurreição, quando ele quis deixar a Terra, não morre; seu corpo se eleva, se desvanece e desaparece sem deixar nenhum sinal, prova evidente de que esse corpo era de outra natureza que não aquele que pereceu sobre a cruz; de onde será forçoso concluir que se Jesus pôde morrer, é que tinha corpo carnal” (Ibidem, p. 303-304).

Não ficou bem clara a posição de Allan Kardec a respeito do corpo carnal de Jesus. Se o corpo ressurreto “era de outra natureza”, isto é, diferente do que foi crucificado, é forçoso perguntarmos onde foi parar o corpo carnal. Ora, o próprio autor da tese espírita declara que Jesus “tinha corpo carnal”. Eis suas explicações:

“O desaparecimento do corpo de Jesus após sua morte foi objeto de numerosos comentários... Uns viram neste desaparecimento um fato milagroso; outros supuseram uma remoção clandestina. Segundo outra opinião, Jesus não teria jamais revestido um corpo carnal, mas somente um corpo fluídico...e dizem que assim se explica que seu corpo, retornado ao estado fluídico, pôde desaparecer do sepulcro, e foi com este mesmo corpo que ele se teria mostrado depois de sua morte. Sem dúvida, um fato destes não é radicalmente impossível...A questão é, pois, de saber se tal hipótese é admissível, se ela é confirmada ou contraditada pelos fatos” (Ibidem, cap XV-64, p.302-303).

Após mostrar-se simpatizante da idéia segunda a qual Jesus nunca teve um corpo carnal – “sem dúvida, um fato destes não é radicalmente impossível” - , o autor de A Gênese conclui que “Jesus teve, pois, como todos, um corpo carnal e um corpo fluídico, o que é confirmado pelos fenômenos materiais e pelos fenômenos psíquicos que assinalaram sua vida” (Ibidem, cap XV-66, p. 304).

Analisemos:

O espiritismo afirma que Jesus não foi reconhecido e não foi visto em suas aparições por tratar-se de um “ser fluídico”. O que diz o cristianismo:

“Abriram-se-lhes os olhos [de dois discípulos a caminho de Emaús], e o conheceram...” (Lc 24.31). Jesus, aos onze discípulos: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39). Jesus não se declara como um “ser fluídico”, um perispírito ou um fantasma. Jesus foi reconhecido por Maria Madalena (Jo 20.16); reconhecido por Tomé: “Porque me viste, Tomé, creste” (Jo 20.27-29); reconhecido por alguns discípulos junto ao mar de Tiberíades: “E nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor” (Jo 21.12); e “foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos...” (1 Co 15.6).

O espiritismo diz que a linguagem de Jesus, nas aparições, “não tem a vivacidade de um ser corporal; tem o tom breve e sentencioso...”. O que diz o cristianismo:

Jesus conversou demoradamente com os dois discípulos a caminho de Emaús (Lc 24.15-31), com seus discípulos (Lc 24.36-51), com sete discípulos que estavam pescando, ocasião em que deu várias orientações a Pedro (Jo 21.1-23). Em nenhuma hipótese podemos considerar que não houve vivacidade nas palavras de Jesus, ou que seu tom fora breve e sentencioso.

O espiritismo diz que Jesus mostrou-se com o seu “corpo perispiritual”. O próprio Jesus responde: “Espírito [ou perispírito] não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39).

O Corpo de Jesus

O que teria acontecido com o corpo carnal de Jesus? O espiritismo afirma que ele tinha um corpo carnal e um corpo fluídico, como todos os homens têm. Entendo que isto seja traduzido como corpo e espírito. O espírito, na Sua morte, foi entregue ao Pai (Lc 23.46). O Seu corpo foi guardado no sepulcro (Lc 23.53). O espiritismo não firma uma posição sobre o assunto. Apenas informa que o “desaparecimento do corpo de Jesus após sua morte foi objeto de numerosos comentários”; que os evangelistas declaram que o corpo não foi encontrado no sepulcro; que uns viram nisso um fato milagroso; outros supuseram uma remoção clandestina (A Gênese, cap. XV-64, p. 302).

O cristianismo afirma que o corpo de Jesus foi muito bem guardado por soldados fortemente armados, e a entrada do sepulcro foi fechada com uma pedra que recebeu o selo imperial romano (Mt 27.64-66). Por se tratar de algo completamente fora de cogitação, não prosperou a mentira dos judeus sobre o furto do corpo (Mt 28.11-15). A resposta para o “desaparecimento” do corpo é simples: (1) “Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia” (Mt 16.21); (2) O Filho do homem “ressuscitará ao terceiro dia” (Mt 20.19; Lc 9.22). A ressurreição corporal de Jesus é a essência do cristianismo. Por fim, ouçamos o apóstolo Paulo:
“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi; que Cristo foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos... Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos. E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também vã a nossa fé. Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Co 15.3-20).

A Bíblia Sagrada

O que ensina o cristianismo:
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17 = Jesus). “Eles [os irmãos do rico que estava em tormentos] têm Moisés e os profetas; ouçam-nos” (Lc 16.29 = Jesus). Jesus validou o Pentateuco e os Livros Proféticos. “Não penseis que vim destruir a Lei ou os profetas; eu não vim destruir, mas cumprir; nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido” (Mt 5.17,18). “Toda a Escritura divinamente é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Tm 3.16-NVI). Paulo está dizendo que a Bíblia é o padrão para nossa vida cristã, nossa bússola, nossa regra de fé. “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29 = Jesus). Para o cristão é fundamental conhecer a Bíblia. O Apóstolo não deixa por menos: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15).

O que ensina o espiritismo:
“Diremos, pois, que a Doutrina Espírita, ou o Espiritismo, tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos, ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas ou, se se quiser, os espiritistas. O Livro dos Espíritos contém especialmente a doutrina ou teoria do espiritismo que, num sentido geral, pertence à escola espiritualista, da qual apresenta uma das fases” (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, 1997, Introdução, p. 11).

Allan Kardec está ensinando que os adeptos do espiritismo deverão ser chamados “espíritas” ou “espiritistas”, e que a doutrina espírita está contida em O Livro dos Espíritos, isto é, não está na Bíblia. Continua Kardec:

“Muitos pontos dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores sacros em geral são ininteligíveis, parecendo alguns até disparatados, por falta da chave que faculte se lhes aprenda o verdadeiro sentido. Essa chave está completa no Espiritismo... As instruções que promanam dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho” (E.S.E. introdução, 90a edição, p. 27,28).

A prática do Evangelho via pregação do espiritismo é inteiramente inviável, como se vê no confronto das duas doutrinas. A “chave” para facilitar o entendimento dos evangelhos teria chegado com um atraso de muitos séculos. As Boas Novas foram trazidas pelo Verbo encarnado, e a Igreja recebeu a missão de dar prosseguimento à obra (Mt 4.23; Mt 11.5; 24.14; 26.13; Mc 16.15). O Apóstolo advertiu os gálatas das investidas dos que “querem transtornar o evangelho de Cristo”. Não usa de meias palavras: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, que seja amaldiçoado. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo” (Gl 1.7,8,12). O esclarecimento do evangelho não teve início nos tempos modernos através dos “espíritos”. Paulo começou a ensiná-lo e a esclarecê-lo há quase dois mil anos. Até hoje as cartas paulinas são orientação segura para cristãos do mundo inteiro. A Bíblia foi escrita por homens tementes a Deus e conscientes de suas responsabilidades:

“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder... falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério... Deus no-las revelou [as coisas ocultas] pelo seu Espírito, porque o Espírito penetra todas as coisas... falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando coisas espirituais com as espirituais” (1 Co 2.4,7,10,13). E prossegue, respondendo aos incrédulos: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” (2 Co 2.17).

Jesus comissionou seus apóstolos como mestres, considerados por Ele capazes de dar continuidade ao ensino do evangelho: “Ide...ensinando...e eis que estou convosco” (Mt 28.19-20). Os apóstolos receberiam o auxílio sobrenatural do Espírito Santo. “O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas”, vos guiará em toda a verdade” (Jo 14.26, 16.13). Não a verdade científica ou filosófica, mas toda a verdade de Cristo. Não confundamos Espírito Santo com espíritos desencarnados. O ensino do evangelho puro começou a ser ensinado pelos discípulos logo após a ascensão de Jesus (At 2.14). Portanto, não foi uma legião de espíritos que surgiu em socorro aos discípulos para que melhor entendessem o evangelho.

O Espírito Santo

O que ensina o cristianismo:
“E rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). A palavra “outro”, traduzida do grego “allon”, significa “outro da mesma espécie”; e “consolador”, do grego “parakletos”, tem o sentido de “alguém chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar”. Jesus explica quem é o Consolador: “Aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26). O Espírito Santo é o que nos convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).
O Consolador é o Espírito de Juízo (Is 4.4); Espírito de Sabedoria, de Conselho, de Inteligência, de Poder (Is 11.2); Espírito do Senhor (Is 61.1); Espírito de Deus (Mt 3.16); o Espírito da Verdade (Jo 14.17); Espírito de Santidade (Rm 1.4); Espírito de Vida (Rm 8.32); Espírito do Filho (Gl 4.6); Espírito Eterno (Hb 9.14); Espírito de Graça (Zc 12.10). o Espírito da Profecia (Ap 19.10). Seus atributos são os mesmos da Divindade: eternidade (Hb 9.14); onipresença (Sl 139.7-10); onipotência (Lc 1.35); onisciência (1 Co 2.10).

O que ensina o espiritismo:
“Jesus promete outro Consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito... O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei: ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas... O Espiritismo vem trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra... Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança” (E.S.E., cap. VI, itens 3 e 4, p. 134-135).

No particular, a palavra do espiritismo destoa totalmente do ensino de Jesus. Se fôssemos esperar o ensino espírita para podermos compreender o que Jesus nos revelou, teríamos perdido dezenove séculos, levando em conta que O Livro dos Espíritos foi publicado em 1857.

O Juízo Final

O que ensina o cristianismo:
“Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hb 9.27). Esta palavra é uma pedra no caminho da reencarnação porque contesta a teoria de muitas mortes e muitos nascimentos e assegura que após a morte segue-se o juízo. (2) “O Senhor sabe livrar os piedosos da provação e manter em castigo os ímpios para o Dia do Juízo” (2 Pe 2.9). (3) “Uma certa expectação horrível de juízo” (Hb 10.27). (4) “Para a ressurreição da condenação” (Jo 5.29). (5) “Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo” (Mt 12.36 = Jesus). (6) “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo” (2 Co 5.10) (7) “E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Ap 20.12). No final dos tempos, os ímpios ressuscitarão e serão condenados ao castigo eterno (Jo 5.29; Ap 20.5). “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida [do Cordeiro] foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.15; 13.8). A salvação ocorre pela graça, mediante a fé na Pessoa do Senhor Jesus Cristo (Ef 2.8-9, cf. Jo 3.18 e Rm 10.9).

O que ensina o espiritismo:
“A doutrina de um julgamento final, único e universal, que coloca fim a toda a humanidade, repugna à razão, no sentido em que ela implicaria a inatividade de Deus durante a eternidade que precedeu a criação da Terra, e a eternidade que se seguirá à sua destruição; Não há, pois, falando corretamente, julgamento final, mas há julgamentos gerais, em todas as épocas de renovação parcial ou total da população dos mundos...” (A Gênese, cap. XVII-64, 67, p. 342-343). “Deus dá ao homem oportunidade nas novas existências, a fim de reparar os erros passados” (O Livro dos Espíritos, quesito 964, p.318). “O fim da reencarnação é o melhoramento progressivo da Humanidade” (Ibidem, quesito 167). “As encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porque o progresso é quase infinito”; “Depois da última encarnação, o Espírito se torna feliz, e é considerado um Espírito puro” (Ibidem, quesitos 169 e 170, p. 94/95).

O Juízo Final não significa extermínio da humanidade. Deus é Deus dos vivos. O espiritismo não considera a verdade bíblica da ressurreição. Ora, como Jesus disse, os salvos ressuscitarão para viverem eternamente com Deus (Jo 5.29). Como vimos, ao ensinar que todos terão a mesma oportunidade de atingir a perfeição, o espiritismo nega a realidade bíblica do Juízo Final. Vale lembrar as palavras do Mestre, em oposição a tal ensino: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).

A Volta de Cristo e o Arrebatamento da Igreja

O que ensina o cristianismo:
O cristianismo ensina que o Senhor Jesus voltará para buscar a sua Igreja, a partir do que terão início os demais acontecimentos escatológicos que culminarão com o Juízo Final. Jesus nos garantiu: "E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também" (Jo 14.3). "Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós" (Jo 14.18). "Aquele que testifica estas coisas diz: certamente, cedo venho" (Ap 22.20). Palavras de dois anjos: "Esse Jesus, que dentre vós foi recebido no céu, há de vir, assim como para o céu o vistes ir" (At 1.11). Jesus fala do arrebatamento: "E ele enviará os seus anjos, com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos..."(Mt 24.31; cf. 1 Ts 4.13-18).
O que ensina o espiritismo:
“Jesus anuncia seu segundo advento [a Sua volta], mas não diz que virá sobre a terra com um corpo carnal, nem que o Consolador será personificado nele” (A Gênese, cap. XVII-45, p.334). “Este quadro [Mt 24.15-22; 6-8; 11-14; 29-34; 37-38] do fim dos tempos é evidentemente alegórico como a maior parte dos que Jesus apresenta. As imagens que ele contém são, por sua energia, de molde a impressionar as inteligências ainda subdesenvolvidas. O Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com grande majestade, rodeado de seus anjos e com o ruído das trombetas, lhes parecia muito mais imponente que um ser investido apenas de poder moral” (Ibidem, XVII-54, p. 338).

No entender de Kardec, Jesus foi a “segunda revelação de Deus” (E.S.E., cap I-6, p. 59) e que veio em missão divina nos ensinar a elevada moral evangélica. Logo, Suas palavras têm uma significativa importância para o espiritismo. Deveriam ter, pois a Sua promessa de retornar é inconfundível. A Sua vinda e o conseqüente “resgate” dos seus são promessas bastante claras: “Eu virei outra vez e vos levarei para mim mesmo”. As vezes em que Jesus falou em parábolas foi para transmitir através delas uma realidade espiritual, e não uma inverdade. O arrebatamento da igreja, incompatível com a teoria da reencarnação, não é uma palavra figurativa. Jesus levaria para Si pessoas que ainda não completaram o ciclo de encarnações? Como ficariam na vinda de Jesus os espíritos ainda sujeitos a novas vidas corpóreas para expungir suas impurezas? A verdade do cristianismo é que os que morreram em Cristo estão salvos; não dependem de sacrifícios pós-morte (Lc 16.22; cf. 1 Ts 4.16-17).
Jesus possui “apenas poder moral” e por isso teria criado um quadro majestoso, imaginário e irreal de Seu retorno? Vamos ver se o Seu poder é assim limitado: Ele andou sobre as águas; transformou água em vinho; curou leprosos, cegos e paralíticos; perdoou pecados; multiplicou pães e peixes; expulsou demônios; predisse sua própria ressurreição ao terceiro dia, e ainda afirmou que “todo o poder me é dado no céu e na terra” (Mt 28.18).

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10.08.2004